terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cap. 6 – Reencontro

Mike entrou no quarto e viu Mateus diante do espelho, notou a distância entre o mordomo e o telefone.

_ Ouvi sua voz quando estava chegando aqui... Estava falando com quem?

Mateus olhou para Mike e logo respondeu:

_ Eu estava orando pelo senhor patrão.

Mike ainda desconfiava do mordomo, mas agiu como se tivesse acreditado.

_ Então você é religioso?

_ Sim, sou um servo de Deus e sei que ele ouve minhas preces. – O mordomo notou a desconfiança. – Acredito que minha missão é proteger o senhor até que recupere sua memória.

_ Muito obrigado, mas acho que já sou grande o bastante para me proteger sozinho. – Mike sentou-se na cama.

“Amanhã vou procurar a Éris novamente... Hoje ela deve ter ido procurar emprego em algum jornal...”

Mike estava pensativo, não notou o mordomo saindo do quarto, passou um bom tempo deitado até que a campainha tocou.

_Mateus? – Procurou pelo mordomo. – Realmente, não me sinto bem dependendo de outra pessoa...

Mike abriu a porta e viu que era Steve que estava lá. Estranhou por causa da hora.

_ Sinto muito, mas o quarto já está cheio. – Disse sarcasticamente.

_ Não estou aqui para aturar seu sarcasmo e você deveria ter mais respeito... – Steve se acalmou. – Sabe onde a jornalista está?

_ Não. Ela não apareceu ainda na casa dela?

_ Estava lá até agora... Era para ela ir prestar novamente um depoimento na delegacia, mas não apareceu. – Steve entrou no quarto. – Pelo jeito sua amiguinha fugiu da cidade.

_ Ela não tem motivos para isso... – Mike pegou uma jaqueta. – Vou até a casa dela agora.

Mike saiu do quarto e Steve o seguiu. Foram até a casa de Éris, mas não havia ninguém. Mike viu que a porta estava aberta e entrou. A casa estava do jeito como viu antes de sair de lá. Na mesa da cozinha ainda estavam as coisas do café da manhã que ele tomou com Éris antes de ir para o hotel.
_ Estranho, é como se ela tivesse saído assim que eu fui para o hotel. – Mike fechou a torneira da cozinha que estava pingando. – Para onde ela iria?

_ Você não sabe se ela conhecia mais alguém na cidade? – Steve também observava a casa. – Algum familiar?

Mike foi até a sala. Viu tudo exatamente intacto, como estava antes de sair de lá.

_ Não sei, ela pod... – Mike novamente sente um dor de cabeça muito forte, caiu no chão e viu como se uma nevoa negra ficasse cada vez mais espessa. – AAAHHH. – Deu um grito de dor, não conseguia respirar.

_ Hey, não gosto desse tipo de brincadeira. – Steve não entendia o que estava acontecendo. – Era só o que faltava.

Mike viu entre a nevoa o local onde Éris estava, Tinha alguns carros velhos e metais retorcidos. Ela estava desacordada e havia duas pessoas junto com ela, reconheceu uma delas, era Mateus. Logo sua dor sumiu.

_ Não sei como explicar, mas acho que sei aonde Éris esta. – Mike sentou-se, ainda se sentia fraco. – Vi um lugar com carros velhos e alguns metais retorcidos em volta.

_ O deposito de ferro velho?! – Steve ajudou Mike a se levantar. – Você está falando a verdade? Me desculpa mas não costumo acreditar em videntes...

_ Já disse que não sei como explicar. – Após se recuperar Mike sai pela porta. – Se não quiser vir junto ok, mas preciso saber aonde fica esse deposito para eu ir lá.

_ Eu vou junto sim, entra no carro.

Mike e Steve foram até o deposito. Steve ia descer do carro, mas Mike o impediu.

_ Fique aqui, eu vi meu mordomo lá dentro. – Mike foi andando até a entrada do deposito. – Chame pelo menos mais uma viatura para nos ajudar.

“Quem esse cara pensa que é para me dar ordens?”

_ Hey, você tem 10 minutos, é o tempo de outra viatura chegar aqui. Espero que isso não seja uma brincadeira sua...

Mike entrou no deposito, não sabia o lugar exato onde Éris estava. Procurou até que viu um grande clarão. Correu até o local de onde veio a forte luz. Chegando lá viu que Éris ainda estava desacordada e Mateus estava caído e sangrando. Ficou imóvel por um tempo tentando entender o que aconteceu ali, até que ouviu uma voz.

_ Então você realmente ainda está vivo Mikhael...

Nenhum comentário:

Postar um comentário